Diário de Dois Biólogos (04)


Alô pessoas!

























Quer se insiram no grupo dos aspirantes a aventureiro, dos aventureiros ou, até mesmo, no das pessoas pacatas e caseiras, este post é para vocês.
Todas as épocas são boas para aventuras e, como tal, nós não poderíamos deixar de partilhar as nossas convosco. Desta vez vamos falar-vos de dois locais, não muito longe um do outro que nos deixaram de boca aberta, no princípio, e apaixonados quando tivemos de regressar a casa.

Sábado, 12 Novembro de 2016
07:00h da manhã e já tudo se encontrava reunido em frente ao autocarro. Olhos de sono era o que mais predominava no conjunto de alunos que se concentrava em frente à reitoria, ansiosos pela viagem.
O professor da cadeira de Mamíferos de Portugal e responsável pela organização da saída chegou, como esperado, mais tarde do que as restantes pessoas, mas trouxe consigo a autorização para nos fazermos à estrada.
Destinos: Centro de Recuperação do Lobo Ibérico e Tapada Nacional de Mafra.


~11:00h: Tínhamos acabado de chegar ao primeiro destino. O entusiasmo cresceu exponencialmente quando pegamos nas mochilas e tivemos que percorrer um pequeno caminho de terra batida até ao Centro de Recuperação.

Mal lá chegamos, fomos invadidos por uma empolgação fantástica com o primeiro vislumbre do pequeno casebre. Entrámos e reunimo-nos para assistir uma pequena palestra antes de nos lançarmos num percurso para ver o local e a organização do espaço.


A pedido dos responsáveis não podemos divulgar muito, principalmente as fotos que tirámos, mas sem dúvida que, para quem gosta de lobos, é um sítio de visita obrigatória. É uma forma excelente de ver estes animais ao vivo e, em simultâneo, garantir a segurança e bem estar de ambos. É, também, um local de grande aprendizagem no que diz respeito a esta espécie e uma boa forma de consciencializar a população para a proteção do Lobo-Ibérico.



~14:00h De barriga cheia, iniciámos a marcha pela Tapada Nacional de Mafra. O tempo não se mostrava ameaçador e o entusiasmo do grupo continuava em alta, pelo que foi sem demora que os frutos da aventura apareceram.

A primeira paragem durou uns largos minutos. Formámos uma mancha consolidada e silenciosa para tentar aproximar-nos dos primeiros animais que vimos: ungulados, ou seja, nada mais nada menos do que gamos e veados. Conseguimos chegar a poucos metros deles e o que não faltou foram máquinas fotográficas e telemóveis nas mãos. Foi um dos melhores momentos da saída deste dia.



No restante percurso vimos o máximo que aqueles trilhos tinham para nos mostrar e, quando a aventura por eles não chega, há que pôr os pés em terreno não marcado, começar a subir os montes e admirar toda a vista que se forma à nossa volta. Isto permitiu-nos ver vários indícios de presença, como pegadas e dejetos de alguns animais, bem como um chiqueiro de javali.


Mesmo depois de uma subida agradável e de termos visto um pequeno resguardo com animais naturalizados, aproveitamos para voltar ao ponto inicial mesmo antes de escurecer. Mais uma vez, fomos sortudos em poder avistar mais alguns dos animais que vimos no início da tarde.


Foi um dia fantástico e que tentamos aproveitar da melhor forma!
Mais aventuras teremos partilhar, fiquem atentos! :)

Nii&Sal

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